Fonte: Jornal Nacional / GLobo
Depois de ficar quase um mês interditada, por causa de enchentes, a rodovia federal que liga Rondônia ao Acre foi liberada neste fim de semana. Mas atravessá-la ainda é um desafio para os motoristas, como mostram os repórteres Maríndia Moura e Hélio Santiago.
Foi a cheia histórica do Rio Madeira que provocou a interdição da BR-364. O nível da água foi diminuindo nos últimos dias e agora é possível ver como ficaram os trechos que estavam encobertos.
No distrito de Jaci-Paraná, o asfalto desapareceu em muitos pontos. Sobram barro e buracos. A água baixou e ficou foi muita terra. Alguns veículos só conseguem passar com ajuda.
São seis quilômetros de atoleiro. Os motoristas que arriscam passar precisam fazer muitas manobras. E ter sorte para conseguir chegar até a balsa, para atravessar o Rio Madeira.
A rampa que dá acesso à balsa rumo ao Acre, em Abunã, chegou a mudar de lugar cinco vezes nos últimos dois meses por causa da cheia do Rio Madeira. A rampa continua num ponto improvisado. Para chegar ao antigo embarque são pelo menos mais 15 metros.
Ao lado da balsa, enquanto seu Antonio tira a lama que secou em cima do telhado, Dona Terezinha tenta recuperar alguns móveis que tinham ficado pra trás.
“Não deu tempo de tirar tudo que a gente tinha, foi tudo às pressas, a enchente foi muito rápida. Agora a gente está vindo aqui pra desenterra o que ficou”, conta a comerciante Terezinha Fernandes.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes afirma que 60 quilômetros da BR-364 precisam ser totalmente refeitos. Segundo o Dnit, a obra custará R$ 200 milhões e deve ser contratada em regime de urgência.
“A gente vai entrar com ação imediata, que é ação emergência, para possibilitar as condições normais de tráfego”,afirma Fabiano Coutinho, superintendente do Dnit RO/AC.
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