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Notícia publicada em 24/11/2014 às 14:27 | Educação
Diretor de escola arrombada por 10 vezes dormiu por quatro meses na sala da direção
Objetivo era tentar coibir a ação dos ladrões

 

 

Não diferente de outras escolas estaduais vítimas de furtos e vandalismo, a Escola Eloísa Bentes Ramos, no bairro Aponiã, em Porto Velho, já foi arrombada 10 vezes em menos de três anos. Das 16 câmeras de monitoramento colocadas para substituir os vigilantes que faziam a segurança das escolas, apenas três ainda estão instaladas. Além das câmeras, os bandidos também já levaram outros equipamentos de valor.

Segundo o diretor, Joelson Chaves de Queiroz, seis televisões, três notebooks, uma bomba de sucção e outra de pressão, três máquinas fotográficas e uma filmadora, dois aparelhos de DVD, caixa de som estão na lista do que furtado do interior da escola. “Eles vêm à noite, ou nos finais de semana, e parece que já sabem onde está tudo. Ainda deixam recados de ‘agradecimento’ escritos nas paredes pela falta de segurança no prédio”, desabafa o diretor.

Joelson já ficou durante quatro meses dormindo na sala da direção para tentar coibir a ação dos ladrões, mas foi orientado por amigos e até mesmo pela polícia para voltar a dormir em casa. “Eu consegui evitar várias tentativas de furto. Uma vez eu vi na câmera quando o ‘cara’ pulou o muro. O sistema de alarme ainda funcionava, aí eu o ativei. O homem fugiu e eu chamei a polícia.

Mas o policial falou pra eu não dormir aqui, que era arriscado pra mim”, lembra.

 

O diretor alega que o recurso que a escola recebe trimestralmente é de pouco mais de R$ 9 mil, e que os gastos com a manutenção da escola são maiores do que isso. “A gente tem que comprar tudo, desde o papel higiênico até o material de secretaria. Sorte nossa que a merenda não falta por que é recurso federal”, explica. De acordo com Joelson, a Secretaria Estadual de Educação pede que, cada vez que a escola for assaltada, o diretor registre o boletim de ocorrência, e faça a cotação dos produtos roubados. “O difícil é se cumprir a reposição...além do trabalho de fazer a cotação, a gente envia pra eles e raramente somos atendidos”, reclama.

Em janeiro deste ano, Joelson levou o problema para o Ministério Público de Rondônia. “De todas as coisas que eu cobrei na minha declaração ao MP, somente a reforma elétrica foi atendida. Mas nós temos um piso vergonhoso, a cerâmica está toda quebrada, não temos auditório, não temos uma sala própria para os professores, e nem uma quadra para a prática de esporte. São 420 alunos de nível fundamental, que ficam sem aulas adequadas de educação física”.

No último furto, dia 14 deste mês, foram levados uma mesa de som, dois microfones, uma televisão e um computador. “Esse foi o maior de todos os prejuízos, porque o computador era único que tínhamos na sala improvisada dos professores, onde estava instalado o programa do Diário Eletrônico, que facilitava o trabalho de lançamento e somatória e notas e frequência dos alunos, lamenta o diretor.

 

Fonte: RONDONIAGORA

 

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