O empresário do ramo de eventos Rodrigo Mota de Jesus, o “Rodrigo Guerreiro”, afirmou neste sábado que não fez delação premiada no caso que investiga corrupção com a destinação e emendas e algo da Operação Zagreu. Ele afirma que confirmou “o que o Ministério Público já sabia” sobre o envolvimento do deputado estadual Edvaldo Soares (PMDB) nas supostas irregularidades nas emendas parlamentares de sua autoria.

Na manhã deste sábado, Rodrigo esclareceu que em momento algum esteve na condição de foragido. Pelo contrário, quando soube do mandado de prisão, entregou-se na cidade de Ji-Paraná. “Não me informaram do mandado e o MP não foi na minha casa, mas na residência da minha namorada em Alvorada”, explicou. “Estou tranquilo, em paz e de consciência limpa. Não estava foragido, estava em trânsito.

Ele não deu detalhes do depoimento, mas deixou entender que os promotores já sabiam do envolvimento ativo do deputado Edvaldo no esquema das emendas. “Procede sobre o Edvaldo Soares, o único deputado que realmente eu falei o que tinha que ser falado. Só confirmei o que o Ministério Público já sabia. Não entreguei ninguém, não fiz delação premiada. O foco não sou eu.

Eu trabalho com eventos desde 2000. A única vez da minha vida que fiz evento com emenda parlamentar foi ano passado”, detalhou o empresário, lamentando que tenha sido usado por malfeitores. Rodrigo teme pela sua vida, mas diz que prefere manter a consciência limpa e contribuir com as investigações. Ele agradeceu o apoio de seus advogados, Odair José da Silva e Rhuan Azevedo