G1
A Prefeitura de Vilhena (RO), distante 700 quilômetros de Porto Velho, cancelou o carnaval 2015 devido ao aumento da violência registrado na cidade desde o ano passado. De acordo com a Secretaria de Esporte e Cultura, o assassinato de um adolescente de 17 anos, durante a festa de virada de ano na Praça Nossa Senhora Aparecida, influenciou na decisão de não promover a festividade carnavalesca, marcada para iniciar em 14 de fevereiro.
“Temos registrado incidentes em vários eventos públicos promovidos pelo município. No ano passado teve violência no carnaval e um jovem acabou ficando de cadeira de rodas. Isso tudo foi analisado”, afirma Welliton Ferreira, secretário de esporte de Vilhena. Ainda de acordo com o responsável pela pasta, pessoas estão indo para as festas e exagerando na ingestão de bebidas alcóolicas, assim, acabam se envolvendo em atos de violência.
Em 2014, um jovem de 22 anos foi assassinado durante a festa de carnaval promovida na Praça Nossa Senhora Aparecida. De acordo com a Polícia Militar, o rapaz estava saindo da festa, quando o suspeito pelo crime não teria gostado da maneira como estava sendo observado pela vítima. Os dois iniciaram uma discussão e Tarso Pereira dos Santos foi atacado com um canivete, vindo a morrer logo em seguida. Segundo dados da Polícia Civil, o índice de homicídios em Vilhena aumentou em 31% entre 2013 e 2014.
Segundo a Secretaria de Esporte e Cultura, o objetivo da prefeitura com o cancelamento é sensibilizar as pessoas a irem ao carnaval para se divertirem e não se envolverem em violência. “Queremos resgatar essa tradição de festas saudáveis. O homicídio do jovem de 17 anos em janeiro deixou todo mundo triste”, explica Ferreira.
A prefeitura deve investir os R$ 40 mil que seriam gastos na festa de carnaval em outro evento, marcado em junho. “Estamos programando um festival de inverno na cidade para este período, com apresentações e shows regionais”, conta Welliton Ferreira.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Rondônia para verificar se existe algum plano de ação no combate a violência em Vilhena, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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