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Notícia publicada em 28/04/2016 às 08:36 | Segurança
Diminui vandalismo na Praça dos Migrantes em Ji-Paraná
Moradores denunciaram neste mês situação caótica no local

 

 

O abaixo-assinado, com cerca de 40 assinaturas, de moradores do entorno da Praça Bruno Calixto no bairro Jardim dos Migrantes às autoridades municipais para conter a onda de vandalismo de jovens apresentou os primeiros resultados. Nas noites de sexta-feira, dia de maior frequência, o local recebe cerca de 500 pessoas.

 

Na última sexta-feira (22), foi acompanhado o movimento na praça e se constatou que o uso de som automotivo com músicas apelativas de conteúdo pornográfico, um dos principais motivos de reclamações dos moradores, não ocorreu, embora adolescentes ouvissem músicas e dançassem no local.   

 

De acordo com a denúncia, nas sextas-feiras, “grupos de menores” se reúnem na praça para ouvir som automotivo [alto], com músicas do chamado funk proibidão, gênero musical com forte apelo pornográfico, consumir de bebidas alcoólicas, realizar rachas, fumar tabaco pelo narguile ou narguilé, ou entorpecentes como maconha e crack.

 

Mesmo com a garantia da Polícia Militar em manter o sossego dos moradores, até 22h30, horário de maior movimentação, nenhuma viatura da corporação circulou pela região. Na semana passada, o vereador Edivaldo Gomes (PSB) entregou cópia do documento ao tenente-coronel Oziel Paradela, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar. 

 

O tenente-coronel se comprometeu em usar o efetivo [limitado] para coibir os atos de perturbação do sossego e vandalismo. Não foram visto “rachas”, mas se constatou que automóveis e motocicletas circulam em alta velocidade próximos aos pedestres. No mesmo dia, também era comum uso do narguilé e o consumo de bebidas contendo álcool.

 

Mas as opiniões a respeito do comportamento dos jovens divergem. A funcionária pública A.D. S. afirmou que há cinco anos frequenta a praça e que não “vê” excessos. Segundo ela, a praça é um lugar para a família. No entanto, a dona de casa E. S. S., que vende panos de prato até as 21h30, assegurou que depois desse horário o “barulho começa” e não é seguro ficar ali [na praça].

 

Na sexta-feira, às 21h45, um grupo de jovens realizava um trabalho de evangelização para jovens e crianças. Eles são membros da Igreja Evangélica Casa da Oração. De acordo com o evangelizador Gilson Lopes Soares, a iniciativa é para que as pessoas mudem de vida. “Se Deus quer salvar alguém, esse é o lugar”, observou.

 

Em outro ponto da praça, o educador físico Wagno Luiz Reis ministrava uma aula ao ar livre a duas alunas. O professor garantiu que não tem restrições ao local, que o utiliza desde janeiro de 2016.  “Já estive em outros lugares como Cedel [BNH], Praça da Bíblia, e venho aqui sempre. Nunca tive problemas”.

 

Uma irregularidade não relacionada no abaixo-assinado e verificada pelo CP é o trânsito de bicicletas. Não existem restrições ao tráfego do veículo na calçada (na lateral e centro da praça) ou entre pessoas que realizam caminhadas. Os ciclistas são um fator de risco para as crianças levadas pelos pais para se divertir nos brinquedos instalados pela prefeitura, independente do dia da semana.    

 

Um ponto pacífico entre os frequentadores da praça é que o local necessita de mais segurança nas noites de sexta-feira para evitar excessos dos jovens, seja por bebidas alcoólicas, uso de som automotivo, alta velocidade e consumo de entorpecentes (não confirmado pela reportagem). Uma ação coordenada de orientação da Polícia Militar e Conselho Tutelar, segundo moradores, seria bem vinda.    

 

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