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Notícia publicada em 06/03/2017 às 12:08 | Trânsito
Rondônia se desenvolve, mas precariedade da BR-364 é alarmante

 

 

Acidente fatal ocorrido na BR-364 entre os municípios de Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste em janeiro deste ano

Por Waldir Costa

 

No final da década de 90, Rondônia agonizava economicamente com a erradicação da sua maior fonte de renda e garantia de emprego, os cafezais. Com a saca custando menos de R$ 20, a safra da época (2000/01), uma das maiores não foi colhida, porque o preço era inviável. A partir daí ocorreu a erradicação de quase todo cafezal, a maioria das lavouras com os pés carregados. Uma tristeza.  

Desde esse período Rondônia adotou a diversificação no campo. Na década de 2000 o Estado produziu muito arroz e feijão e o plantio da soja, no Cone Sul. Em 2009 teve o início da construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, ambas em Porto Velho, hoje em fase de conclusão.

O Estado passou por um desenvolvimento emergente e não estava preparado para isso. Até hoje temos problemas de saneamento básico e instabilidade no preço dos imóveis, que somente agora está se consolidando, mas muito abaixo do período de Eldorado das usinas hidrelétricas. Se antes havia muita oferta de emprego, hoje há muitos desempregados. É a rotina de um país capitalista.


Tudo mudou no Estado com o início da construção das usinas na região polarizada por Porto Velho. Até o porto graneleiro foi ampliado para poder atender a demanda de exportação da produção da soja regional, sobretudo do Mato Grosso, mas se esqueceram que a BR 364, construída na década de 80 não tinha, como não tem condições de suportar o volume de carretas e bi-trem. Devido a isso a maior parte do ano a rodovia apresenta condições precárias para o tráfego seguro se tornando um matadouro humano.

O jornal eletrônico Rondônia Dinâmica promove desde meados de 2016 uma campanha permanente cobrando das autoridades federais, estaduais e municipais uma ampla mobilização com os demais segmentos organizados da sociedade, para não só restaurar, mas adequar e duplicar a BR 364, no seu trecho mais crítico, com cerca de 700 quilômetros de Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso.

Desde o início da construção das usinas do rio Madeira que a 364 não consegue mais atender a demanda. Na época da construção não havia veículos automotores como há hoje, que transportam 70, 80 toneladas. A base não foi construída para suportar essas tonelagens e muito menos o volume de tráfego, a cada ano mais intenso.

Esta semana o senador Valdir Raupp (PMD-RO) esteve com diretores do Dnit reivindicando uma operação tapa-buracos urgente na 364, que tem trechos como o de Jaru a Ji-Paraná totalmente esburacados e sem as mínimas condições de tráfego seguro. É uma medida paliativa, mas necessária, porque a situação agrava a cada dia.

A iniciativa da Raupp deve ser incorporada de maneira permanente pela bancada federal. Não basta cobrar ações emergentes, paliativas, passageiras. A 364 não tem mais condições de recuperação de trechos específicos, tem que ser restaurada e posteriormente duplicada.

A recuperação de trechos não funciona. Há cerca de seis meses recuperaram a ligação Ouro Preto a Jaru, com pouco de mais de 40 quilômetros inclusive com remoção do piso. Não deu tempo de sinalizá-lo, porque se acabou antes disso e ficou ainda pior que antes. Uma lástima.

Temos três senadores: Raupp, Ivo Cassol, do PP e Acir Gurgacz, do PDT, sendo dois ligados ao governo federal (Raupp e Acir) e oito deputados federais.

 

Um líder da bancada (deputado Nilton Capixaba-PTB) que se tornou vitalício no cargo, e pouco ou quase nada traz de positivo para o Estado. É preciso mais ações dessa liderança (sic).  


A BR 364 é uma rodovia federal, que responde pela exportação da safra de grãos do Sul do Mato Grosso e de Rondônia pelo porto graneleiro de Porto Velho. Por isso se clama por uma urgente restauração e duplicação-já. O desleixo com a estrada é um ato criminoso, pois inúmeras famílias perderam entes queridos. E a 364 continua matando.

Saudades do ex-deputado federal Miguel de Souza, que conseguiu praticamente só, numa luta permanente junto ao Dnit reivindicando a duplicação do trecho da Unir (Porto Velho) a Candeias do Jamari com pouco mais de 20 quilômetros. Depois nada mais foi feito na busca da duplicação e nem da restauração dos demais trechos. Não conseguiram manter a iluminação do trecho duplicado, porque a fiação foi roubada (?) em mais de uma oportunidade.

BR-364: restauração, adequação e duplicação-já! 

 

Fonte: Rondoniadinamica

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