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Notícia publicada em 03/02/2018 às 11:35 | Notícias
O Atacadão e o fator concorrência em Ji-Paraná
O texto é assinado pelo jornalista e acadêmico de Marketing Fernando Pereira

 

 

Foto ilustrativa / divulgação

*Por Fernando Pereira 

 

Foi inaugurado, há 10 dias, em Ji-Paraná, um empreendimento da rede Atacadão (que tem 147 lojas país a fora).

 

Se por um lado a abertura do empreendimento trouxe mais um opção de lugar para que os clientes façam suas compras, por outro lado, chegou também a preocupação por parte dos demais mercados de grande porte que, até então, dominavam o mercado.

 

O "bicho" começa a pegar:

 

Apreocupação dos mercados pré-existentes se dá em função do fato de que, por possuir uma rede de mercados, o Atacadão possui a vantagem de fazer compras nas indústrias pagando um preço mais em conta, uma vez que compra em larga escala os produtos que vendem ao consumidor final. Uma vez que eles pagam mais barato, podem repassar aos clientes com um preço mais em "conta também".

 

O fator preço, sobretudo para nós brasileiros que não temos uma margem de ganhos mensais tão boa quanto deveríamos, influencia quase que diretamente na hora em que vamos fazer uma compra. Com isso, fazemos, claro, compras nos lugares onde os preços são menos "salgados".

 

A grande pergunta:

 

Como é que os mercados pré-existentes vão fazer para sobreviver a essa debandada de seus clientes? Aqui surgem os desafios. Se para de vender, o lucro cai, se tem menos lucro, os "apertos" econômicos passam a ser uma realidade. De repente os tais mercados se vêem em dificuldades para pagar fornecedores, funcionários, além do fato de que passam a ver mercadorias estragarem em suas prateleiras (pois não são vendidas a tempo).

 

Diante de tal conjuntura, o que devem fazer as pessoas que gerenciam tais mercados? Muitas coisas, eu diria.

 

Descubra a solução à sua volta:

 

Quando se está navegando no mar e barco se despedaça em função de uma tempestade, se os ocupantes e tripulantes não usarem as bóias, certamente vão morrer, pois não darão conta de se sustentar por sobre a água. O que eu quero dizer com isso? As empresas precisam usar as opções de salvamento que estão a sua disposição. Há empresário que se prende ao paradigma da larga lucratividade e acaba se dando mal quando precisa abrir mão dela por um tempo ou para sempre, visando sobreviver.

 

Há aqueles que fazem da empresa a "casa da mãe", ou seja, prefere "passar fome", mas não abrir mão de tê-los por perto, do que empurra-los aos desafios que a vida lhes hão de oferecer, como manda a realidade. Cortar gastos nunca é fácil, pois chateia funcionários, reduz privilégios e causa uma série de outras situações difíceis. Há tripulantes que, por amor ao barco, deixam de usar a bóia para se afundar com a embarcação.

 

O texto é assinado pelo jornalista e acadêmico de Marketing Fernando Pereira (Foto ao lado) 

 

Diminuir lucro e cortar gastos para que possa reduzir os preços dos produtos vendidos aos consumidores finais, em situações assim, é uma saída protocolar.

 

Os funcionários:

 

Os funcionários, em quantidade necessária, nunca serão um gasto a ser cortado, pois são eles é quem são a empresa; são um investimento. Portanto, o corte de gastos deve atingir o quadro de colaboradores em último lugar. Em toda empresa, sobretudo mercado, há segmentos onde existem gastos desnecessários. O quanto de energia você pode economizar se colocar um interruptor que desligue as luzes de ambientes poucos usados (banheiros, depósitos e etc) sozinho? O quanto em produtos de limpeza? Etc.

 

Aprenda a negociar:

 

As indústrias fabricam produtos para serem vendidos. Se os empresários construírem estratégias de negociação com elas, com certeza, essa disparidade nos preços praticados entre os concorrentes locais vai ser dirimida. Não que se deva criar cartéis, mas é possível que haja união entre a categoria para que o problema seja resolvido. Nessas a horas, a concorrência deve ser medida com a sobrevivência do negócio ou não.

 

Sem medo:

 

Lembre-se que o mercado (não o supermercado) clama por concorrência, pois ele quer baixar o preço dos produtos e beneficiar os clientes. Nessa disputa que ele cria entre os empresários, sobrevive os mais inteligentes, ou seja, aqueles que pensam sempre nos clientes (são eles é que aparecem ou não para comprar ).

 

Dica a todos:

 

Não se preocupe, pois toda alteração que o mercado produz, sempre vem acompanhada de novas oportunidades. Basta desenvolver uma "boa visão" para perceber isso. Lembre-se também que empreender é resolver problemas: o lava carro resolve o porblema do carro sujo, o mercado resolve o problema da necessidade de comprar alimentos que as pessoas teem, as academias resolvem o problema de quem precisa se manter em forma ou melhorar suas condições físicas e etc. Descubra problemas e crie um negócio (que venda produtos ou serviços) que viabilize soluções.

 

"As adversidades escrevem nossa história. Se nossas atitudes forem corretas, ela será boa (...) Muitos fazem da adversidade um degrau; outros, uma lápide" (Jhon C. Maxwell).

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